Ronis Furquim
Ronis Furquim sempre viu nos detalhes a possibilidade de descortinar microcosmos
cotidianos e revelar universos intrigantes. Com grandes ampliações e usando
diferentes materiais como suporte para as fotos, promoveu, em 2014, a exposição
itinerante “Olhos de Luz” (usando a técnica scanography, que emprega o scanner
de mesa como equipamento fotográfico).
Em 2015 e 2016, suas obras marcaram presença no Mercadão Municipal de Maringá, com a exposição “Quadrantes Caleidoscópicos”.
No ano de 2015, sua obra “Microcosmos Cotidianos” foi escolhida como prêmio concedido pelo ICI (Instituto Cultural Ingá) a todas as “Empresas Amigas da Cultura”, parceiras desse
instituto em projetos culturais. Sua artes também já foram tema de matérias em jornais impressos e televisivos.
Em 2017 expôs, na Câmara dos Vereadores de Maringá, o projeto fotográfico #InstaRonis, no qual questionava “a popularização do “clique” impulsionada pela evolução tecnológica dos celulares e pela cultura das redes sociais”.
Nesse mesmo ano, expôs seus desenhos em nanquim com aquarela, da série Lambsbread ´93, em diferentes espaços culturais (The Joy, Buena Vista bistrô). Já participou de diferentes mostras coletivas e salões de artes, além de uma gama de exposições individuais, usando diferentes materiais para compor suas telas, desenhos e fotos.
Em 2019, participou da Mostra Multicultural Coletiva, com a exposição temática "Entre a permanência e a obsolescência da arte". A técnica utilizada por Ronis Furquim é um bom exemplo dessa permanência e obsolescência na arte. As obras expostas por ele são fotografias manipuladas digitalmente, onde foi aplicado o efeito anaglifo (ou 3D), que precisa de óculos especiais (aqueles com lentes azul e vermelha) para ser apreciado. Ao utilizar o efeito anaglifo, o artista maringaense recorre a uma técnica desenvolvida em meados do século 19. Assim, ao utilizar, na atual era digital, essa tecnologia “obsoleta” e analógica, as obras expostas, ao fazer essa ligação entre o moderno e o antigo, questionam o que permanece do nosso esforço criativo-artístico.
“O visitante é levado a uma interação não usual com a exposição, pois esse sai da posição de observador passivo e participa dessa diferenciada proposta sensorial, saindo da sua zona de conforto, para vivenciar uma experiência não convencional nesse tipo de ambiente expositivo. Daí vem a ‘permanência’, pois a proposta é que o ineditismo dessa experiência seja lembrado pelo visitante”, esclarece o artista.